quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Quando a mãe grita

 
"Quando a mãe grita" de Jutta Bauer (2006). Editora: Gatafunho
A história de um pinguim, que pode ser qualquer um de nós que com ele se identifica É que quando a mãe grita tudo se desmorona … e sentimo-nos `deriva, perdidos.
É impossível não nos enternecer esta história de sentimentos e afetos, livro “delicioso”, ao qual não se ficará, por certo, indiferente.
EC
in: Rubrica Prelo  CEI 78 (maio/agosto 2006) 

De vez em quando todos gritamos. Afinal não somos perfeitos.
Mas o que sentimos quando nos gritam?






E depois?
Depois, mesmo quando se perde a cabeça, há que refletir sobre os nossos atos mais impulsivos. Reconhecer os nossos erros e os que nos causam culpa e/ou desconforto.
Fala-se, escreve-se, desenha-se, constroí-se um livro onde registamos os sentimentos. Como nos  sentimos e como os resolvemos! Porque depois...
Depois... Bem, depois há que juntar todas as peças ...
ECSilva

"Este livro caracteriza-se pelo seu formato reduzido, pela simplicidade quase rudimentar da ilustração e pela condensação da componente verbal, reduzida ao essencial.
Contudo, este aparente despojamento da publicação está ao serviço de uma metáfora particularmente forte e expressiva, ligada ao restabelecimento de laços afectivos entre mãe e filho, momentaneamente quebrados no momento em que a mãe gritou e prontamente restabelecidos depois de um pedido de desculpas. Pondo em evidência a fragilidade dos afectos, mas também a sua centralidade no mundo familiar, o livro de Jutta Bauer parece dar voz (e também vida e luz) a sentimentos indizíveis mas profundamente universais." in: (Casa da Leitura)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

História da corda




 
 
A história da corda teve a sua origem num convite feito para atuação na Livraria Bichinho de Conto em Óbidos a 10 de agosto de 2011.
A história foi realizada a 6 mãos, ou seja, pela tríade familiar num misto de cumplicidade afetiva e paixão musical.
 



Posteriormente, a 28 de abril de 2012, tem uma apresentaçao no Museu do Trabalho em Setúbal


A dia 18 de janeiro na Livraria Gatafunho

Deste dia, fica a crítica de quem assistiu e realizou uma recensão de uma atividade de Música e Literatura. A Inês Araújo agradecemos a partilha.

Crítica a Uma História da Corda
"No dia 18 de Janeiro de 2013, pelas 21h30, foi apresentado um projecto narrativo e musical (Uma História da Corda) na GATAfunho loja de livros. Este espectáculo é feito por Elvira Silva, a narradora, e por Gustavo Silva (neste caso no seu projecto a solo Liberdade), o instrumentista e cantor que, inicialmente, fez o acompanhamento musical da narrativa.
O texto (de autoria própria) realça a importância de alguns instrumentos tradicionais portugueses (cavaquinho, guitarra braguesa, bandolim e guitarra portuguesa), tornando-os os personagens principais do espectáculo e dando-lhes vida própria. A história inicia-se com a falta de auto-confiança do cavaquinho, cujas apenas quatro cordas e o seu tamanho reduzido o fazem sentir inferior a outros instrumentos. O desenrolar da história é feito à volta das aventuras e descobertas do cavaquinho por Portugal e da sua busca de conselhos de instrumentos que ele próprio considera serem superiores a ele (quer no tamanho, quer no número de cordas, ou mesmo quanto à importância e simbolismo de cada um desses instrumentos). Assim, o cavaquinho encontra-se com a guitarra braguesa e, depois, com o bandolim; o cavaquinho dialoga com eles, procurando melhorar a sua auto-confiança com a ajuda destes seus novos amigos. Por fim, a história acaba na própria GATAfunho loja de livros, onde os três instrumentos se reúnem e a quem se junta a guitarra portuguesa (que o cavaquinho anseia por conhecer).
Os quatro instrumentos narrados são personagens tanto na história como na música que a acompanha. Nas mãos de Liberdade os instrumentos ganham vida e personalidade, realçando as características de cada um deles. Ao longo da narração da história, o instrumento destacado em cada passagem vai sendo ouvido ao mesmo tempo que a história é contada; no fim de cada passagem, é feito um solo com o instrumento em causa, denotando os “sentimentos” do instrumento nesse momento da história e criando, assim, pequenos acompanhamentos instrumentais que evidenciam as simples características físicas, as tonalidades sonoras e melódicas dos vários instrumentos utilizados.
A sincronia entre o texto e  a música está muito bem feita; é exemplo a referência feita numa parte do texto a um acorde musical que, simultaneamente, é tocado por Liberdade no instrumento em questão. A falta de confiança do cavaquinho é transmitida, também, pela música que o representa, através de apontamentos de notas soltas que vão-se enquadrando numa música ligeiramente lenta. No final da narração, o cavaquinho apresenta já um registo musical diferente: ritmo forte e regular, várias notas são tocadas (apesar das suas quatro cordas e do seu tamanho físico inferior, comparando com os outros instrumentos), velocidade, tom maior que denota a “alegria” do instrumento no momento final de festa e de reunião com os restantes instrumentos; lembra um pouco a sonoridade da banda recentemente aclamada Mumford & Sons.
Um dos pontos mais interessantes quanto a esta síntese de texto e música é o facto de se complementarem, de se apoiarem, acabando por fortalecer o produto final a que se assiste. Outro ponto interessante é, sem dúvida, a apresentação das várias dimensões dos instrumentos, musicadas por Liberdade (não deixando de fazerem parte das características de cada um dos instrumentos de corda). É de referir o trabalho exemplar quanto à interpretação musical do texto relativamente à guitarra portuguesa: este instrumento, tão característico de Portugal e do Fado, é normalmente associado a melancolia, tristeza, a um lado negro e depressivo. No entanto, Liberdade optou por mostrar uma outra faceta da guitarra portuguesa, não tão triste, mas sim segundo um registo mais alegre, mais dinâmico e mexido (através do ritmo), menos usual.
Quanto à narração não se pode deixar de dizer que é perceptível a boa construção textual, com imaginação e versatilidade, chamando a atenção do público para as particularidade e “sentimentos” de cada instrumento. No entanto, talvez a narração ganhasse mais se a narradora Elvira Silva estivesse mais perto do público e mais longe do músico, permitindo uma maior audibilidade do texto, pois, por vezes, foi difícil perceber certas palavras ao mesmo tempo que se ouvia o acompanhamento musical.
Após a conclusão da narração de Uma História da Corda, Liberdade interpretou temas próprios – cantando, em português, letras suas e tocando tanto a guitarra clássica como o bandolim ou o cavaquinho. A sua actuação foi apreciada por todos e a interacção com o mesmo foi positiva. Tendo interpretado diversas músicas, mais uma vez ficou clara a sua versatilidade de instrumentista e revelado o seu jeito enquanto cantor e letrista. Mais uma vez, também, as letras e a música entraram em sincronia e complementaram-se. Vários registos foram apresentados, entre influências Rock e de Blues, passando, até, por Gershwin.
Para concluir o espectáculo, o público foi convidado a “conviver” com os vários instrumentos, observando-os e tocando-os, podendo discutir com Liberdade algumas das suas particularidades.
 Concluindo, Uma História da Corda foi, sem dúvida, um espectáculo interessante e diferente. Este projecto pode ser considerado pioneiro e importante, pois mostra ao público em geral (crianças e adultos) as características e particularidades de instrumentos tipicamente portugueses que, por vezes, são pouco conhecidos do público. Projectos assim (portugueses, em língua postuguesa, de autoria própria e que mostram e divulgam a cultura postuguesa) deveriam ser mais apoiados, mais apreciados, mais divulgados e mais incentivados. Venham mais!"
 
Inês Marques Faria de Araújo
 
 

 
Com muito prazer e muitos mimos voltámos a um espaço muito aprazível, a 27 de janeiro na Livraria Gatafunho.
 
Desta vez a contadora mais perto do público e com alguns adereços, permitindo uma maior envolvência do público infantil.
 

 
Agradecemos aos que nos mimam e aos que acreditam na importância dos afetos, das estórias e à passagem do testemunho de cultura e preservação de memórias.
Vamos dar corda à corda e ainda nos vemos, por aí, um dia destes.  

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

História da corda

O projeto em conjunto com Liberdade está de volta: "A história da corda".
Desta feita no novo espaço da livraria Gatafunho.

 
Num espaço encantador, num final de dia, embora muito chuvoso não impediu que a magia acontecesse e se tornasse num momento bem especial.
 
 
 
Obrigada aos que o tornaram possível.