domingo, 19 de maio de 2013

AINDA NADA? Ou já nasceu qualquer coisa?

AINDA NADA? de Christian Voltz 


O protagonista desta história cava um buraco na terra e nela enterra uma semente. 
Ainda nada? - pergunta ele todas as manhãs aguardando o brotar da semente, enquanto um pássaro, dia, após dia observa a espera inquietante do protagonista. 
De narrativa simples, este livro aborda a paciência e o valor da espera, essencial no processo do crescimento de uma planta, Christian Voltz constrói um espelho da vida com prazeres, frustrações, espera e amor através das suas ilustrações originais com materiais reciclados como arame, tecido e papel. 



Com base nesta estória, surgiram as nossas sementeiras, a espera... vimos o 
video de animação em plasticina inspirada na estória: AINDA NADA de Christian Voltz., realizada por Diana Tessari.
Vimos videos sobre o trabalho do autor















A espera acabou por trazer resultados que oferecemos, tal como o pássaro, a quem muito gostamos! 






sábado, 11 de maio de 2013

A importância de dizer Não


Um destes dias fui convidada, para uma sessão partilhada, num JI com os seus intervenientes (educadores; auxiliares e pais), para refletir sobre: A importância de dizer não às crianças.
Não é dizer Não por dizer, mas dizer Não se necessário, quando for preciso, sem receio de traumatizar as crianças, explicando, se necessário, o motivo da decisão.
O mais grave em educação é não existir coerência nas decisões dos adultos perante os comportamentos das crianças. O Não representa o estabelecimento de limites claros promotor do desenvolvimento da criança. Mas deve ser um Não adequado, lógico, com significado para a situação em que é utilizado. Quando o não é, isso sim, não só traumatiza a criança como a deixa confusa.

Essencial é definir o que são verdadeiramente conflitos para cada um de nós e quais são os limites de cada adulto face aos comportamentos das crianças. Procurando, em muitos casos, ignorar problemas triviais ou pouco importantes o foco deve estar na resolução dos problemas mais importantes, refletindo sempre no que originou os conflitos.
Ser consistente nas decisões, mesmo quando os progenitores não têm a mesma opinião.
O EU está situado na família, pois esta representa o Modelo. É nela que se aprendem os limites e o modo como esta funciona. Não têm que ser a família que não querem ser. Devem ser a família que consideram que funciona, sabendo que as atitudes a tomar terão consequências, pois todas as experiências contam. Por isso é fundamental que as atitudes dos adultos tenham significado.

É neste conceito, partindo de como somos, nas atitudes para com as crianças com quem nos cruzamos que foi também deixado o mote de alguns livros que apesar de serem para as crianças são deliciosamente também para os adultos.  


Partindo de que tipo de pais/mães somos e como encaramos cada comportamento das nossas crianças foi a focalização da partilha.

“Mãe, querida mãe”, (como é a tua mãe?/como é o teu pai?), de Luísa Ducla Soares e ilustrados por Pedro Leitão remetem para os vários tipos de mães/pais que somos. 
Às vezes temos caraterísticas de mães galinhas e outras de mãe cuco. Por vezes somos a mãe formiga que só trabalha, outras vezes, a mãe macaca que adora brincar. Claro que não podemos esquecer a mãe papagaio que repete a cassete, ou a mãe águia que incita os filhos a altos voos. Nesta analogia encontramos cada ator que representamos na educação das crianças.
É mais importante saber dizer Não no momento conveniente e necessário, ao invés de nem sequer olharmos para a criança com quem partilhamos momentos chave no desenvolvimento, transformando-se esta, pelo facto de nunca olharmos para ela, num estranho ou podendo mesmo ser literalmente “comido” por um monstro. Situação em “Agora Não Duarte” de David McKee onde o Não é um cliché, utilizado por tudo e por nada.
Claro que nestes factos da paternidade não pode ser esquecido o recente trabalho de João Miguel Tavares com ilustrações de João Fazenda.
Um livro que revela um pai, através dos olhos de uma criança proibida de realizar os mais deliciosos prazeres. Fazendo jus ao nome: “O pai mais horrível do mundo” é o livro mais anti-pedagógico possível, revela-nos um pai tirano que só sabe dizer não, ou, talvez não seja bem assim...
É importante dizer não, se necessário for, estabelecer limites, sendo essencialmente coerente nas decisões.
Mesmo que aos olhos dos outros se seja "disfuncional" (seja lá o que isso for) ou muito horrível aos olhos dos filhos.
Acreditar nas decisões tomadas é o mais importante porque ser inseguro com as atitudes tomadas é o terreno mais pantanoso que se pode pisar.
Porque quando o pai é coerente, honesto e justo não se gosta nada, nada dele.

                  

Agradeço ao Jardim de Infância Casal Popular Damaia, o convite para esta partilha conjunta e em especial à educadora Maria do Céu.

ECS

sexta-feira, 10 de maio de 2013

1, 2, 3, conta lá outra vez!



Danuta Wojciechowska tem um novo livro, chama-se Um, dois, três, conta lá outra vez! Estará à venda no próximo dia 20, editado pela editora Caminho. 


Em conjunto com as companheiras de paixão pelos livros e bloguistas dos Hipopómatos na lua, tive a oportunidade de observar os bastidores do processo de criação deste livro fabuloso, imaginado e concebido pela autora.
Uma abordagem dos números, universais, os quais também podem contar histórias. Num registo de cores que a ilustradora já nos habituou e com alguns registos que irão certamente surpreender mas igualmente adorar, Danuta, revela os algarismos escondidos em tudo, surpreendendo constantemente, apelando à simbologia e à imaginação.
Aqui ficam alguns registos do processo de criação.



















Um muitissimo obrigada à Danuta, em primeiro lugar pelo convite e também pela partilha deste magnífico processo, pelo qual estou desde já inteiramente rendida, ou melhor será dizer, completamente apaixonada.  
Sim, por que é possível apaixonar-mo-nos por livros, vocês, não? 
Pois por este, não tenham dúvidas. Vão mesmo apaixonar-se.

consultar também o blog Hipopómatos na Lua 


ECS

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tous les chats - Todos os gatos


Tous Les chats/All the cats/Todos los gatos – Anne Poiré e Patrick Guallino - Éditions Lelivredart.2009

A ideia central em torno do qual gira a ação é a temática dos gatos. Desde logo bem visível no título: Todos os gatos, é o mote.
Infelizmente um título que não está em português, mas a sua leitura trilingue (em francês, inglês e espanhol) permite uma perfeita adaptação, quer para crianças, como para adultos.

Este livro permite duas leituras paralelas. Por um lado, a narrativa curta, realizada de forma original e criativa da estória propriamente dita. Personagem principal o gato Maravilha que Pat, seu dono, procura incansavel e desesperadamente, com um desfecho bem inesperado e muito divertido. Por outro lado, diferindo das habituais imagens de livro ilustrado, estas são substituídas pela arte de Patrick Guallino, numa exposição de telas e esculturas de cores quentes e cintilantes, permitindo ao leitor, deste modo, uma visita a uma galeria de arte em 32 páginas de papel preto couché realçando as referidas obras.
A particularidade deste livro, reside assim essencialmente nesta sua dupla leitura, onde ambos os códigos (texto e ilustração) coexistem paralelemente, sendo que podem e devem ser analisados em dois tempos diferenciados. A ilustração alarga o conteúdo do texto tornando-o acessível e rico na aceção ao mundo da arte, abrindo uma porta de descobertas de metáforas visuais para fascinar o leitor, cheio de gatos de todos os géneros para poder contemplar.
Este livro encontrei-o, ou melhor, a autora levou-me ao seu encontro, no momento de uma visita a uma exposição conjunta destes autores. Pelo facto de não existir este livro em Portugal, quem o desejar deve contactar :anne.poir@wanadoo.fr.
Quem tiver interesse em saber mais sobre estes autores podem visitar: http://annepoire.free.fr/. ou http://art.guallino.pagesperso-orange.fr/livres.html

Elvira Cristina Silva

Com as crianças, o livro tem sido explorado de diferentes formas. Seguem-se após a tradução do texto, alguns registos


Tradution du texte por la amie  Anne Poiré

L'idée centrale autour de laquelle s'articule l'action fait l'objet de chats. Immédiatement visible dans le titre: Tous les chats, est la devise.
Malheureusement, un titre qui n'est pas en portugais, mais sa lecture trilingue (français, anglais et espagnol) permet une adaptation parfaite, à la fois pour les enfants et les adultes.
Ce livre permet deux lectures parallèles. D'une part, le court récit, réalisée d’une façon originale et créative lui-même. La personnage principal, le chat Ma…… lequel Pat est son possesseur, le cherche inquiet et désespérément, avec un résultat plutôt inattendu et très divertissant. D'autre part, différent d´un quelque autre livre illustré, ceux-ci est remplacé par l´art de Patrick Guallino, dans une exposition de peintures et sculptures, de couleurs chaudes et étincelantes, permettant ainsi au lecteur une visite d'une galerie d'art dans les 32 pages noir de papier couché en soulignant ses ouvres.
La particularité de ce livre, réside donc essentiellement de sa double lecture où les deux codes (texte et illustrations) coexistent parallèlement, et peut être analysée en deux moments différents. L´illustration augment le contenu du texte, rendant accessible et riche de sens pour le monde de l'art, en ouvrant une porte de découvertes de métaphores visuelles pour fasciner le lecteur, plein de chats de toutes sortes pour qu´on peut contempler.
J´ai trouvé ce livre, mieux dire, l'auteur m'a amené à le rencontrer à l'occasion d'une visite à une exposition conjointe de ces auteurs. A cause de que ce livre n'existe pas au Portugal, on peut le commander a travers: anne.poir@wanadoo.fr.
Ceux qui sont intéressées à connaitre meilleur les deux auteurs doit visiter: http://annepoire.free.fr/


Avec le livre les enfants ont fait différentes activités qui se possible regardé dans les photos suivantes